domingo, 15 de março de 2009

A primeira impressão não é a que fica!

Eu tava dando uma olhada nos posts antigos e vi que meu relato da lua de mel ainda não tinha chegado no Chile. Tive que sanar essa falha grave!


Primeiro tenho que dizer que a viagem de Mendoza pra Santiago de ônibus é um terror! Não pela estrada, ou pela paisagem, os dois são lindos. Esta estrada é conhecida como Los Caracoles, por ser sinuosa demais, colada nas montanhas. Dá um pouco de medo nas fotos, mas é lindo demais. A viagem é ruim por causa da fronteira. Ficamos 5 horas, sem exagero, parados na fronteira, pq o procedimento de aduana dos chilenos é burro, sem sentido e lento demais.

Qdo pesquisamos na internet sobre como faríamos este trecho, resolvemos não ir de carro particular pq é mto caro alugar um carro num país e entregar no outro. Além disso, não dominamos o idioma e não conhecíamos a estrada, que já sabíamos ser perigosa... Talvez hoje, depois de já ter feito uma vez, já me sentiria mais segura pra ir sozinha. Até pq vale a pena ir parando. Então, contratamos um ônibus, o preço da passagem era tranquilo e a duração da viagem era razoável: sairíamos às 10 da manhã e chegaríamos lá as 16 h. Mas na verdade, só chegaríamos às 21 h. e vou já dizer o por quê.
Chiquito, nosso suricato de pelúcia e os Andes


Na fronteira, em Los Libertadores, o ônibus entra na fila de ônibus de turismo. Cada um tem mais ou menos 40 passageiros, se não mais. Aí desce todo mundo, entra numa fila pra sair da Argentina. Depois, entra numa fila pra entrar no Chile. Aí volta td mundo pro ônibus. Em seguida, todo mundo junto (então tem que esperar todos fazerem os dois procedimentos) desce com sua bagagem de mão pro cachorro cheirar e depois passar pelo raio x (q é de 1950 e ngm olha sua bagagem passar). Aí os funcionários da empresa de turismo pegam sua mala mesmo (a grande) o cachorro cheira, e passa pelo raio x. Mais uma vez, ngm olha sua bagagem passando, mas eles retem algumas por amostragem. Isso num frio de bater o queixo.

Los Caracoles


Volta todo mundo pro ônibus, espera liberar as bagagens retidas, e o funcionário da Aduana passa por vc mais uma vez, pra uma última conferida. E o ônibus segue viagem.

O que mais nos impressionou foi a apatia de todo mundo. Eu e Leo estávamos revoltados, indignados com todo esse procedimento burocrático. E a galera lá, tranquilona... Chegamos a conclusão que é mais fácil uim árabe entrar nos EUA do que entrar um pacote de biscoitos no Chile.

Agora a paisagem é linda demais. Aconcágua de um lado, montanhas do outro, riozinhos se formando, pq era verão e a neve derretia... Um sonho... Ai se não fosse a fronteira.


Aconcágua
Neve derretendo nos Andes e fazendo um riozinho


Ah, no meio de tudo isso, os funcionários te pedem "propina", que é gorjeta em castelhano. Vai te f... (com o perdão da palavra).

Na chegada na rodoviária em Santiago, a mesma coisa. Parecia rodoviária do interior do Nordeste, um horror, pegamos um táxi enrolão, que não sabia onde era o hotel e ficou dando voltas conosco, nós dizíamos que não íamos pagar, falava um castelhano que não entendíamos, e ele tbm não nos entendia. Ele nos deixou no meio da rua, pegamos nossas bagagens xingamos o cara (já estávamos cansados e nervosos) e entramos em outro táxi que tbm não sabia onde era o hotel, mas eu, como pesquisei na internet pontos de referência perto do hotel, consegui faze-lo chegar lá.

Isso pq o hotel era numa área nobre, famosa, como se fosse numa ruazinha que cortasse a Av. Paulista! Ô povinho...

Mas depois descobrimos uma Santiago maravilhosa, de onde não queríamos mais sair. Ainda bem que a primeira impressão não é a que fica.

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