sábado, 25 de setembro de 2010

Saudades da minha mãe...


Amanhã fazem 10 anos que minha mãe morreu.

Dez anos... Vcs imaginam ficar 10 anos sem mãe? Olhem pra mãe de vcs e imaginem ficar dez anos sem ela, ou imaginem o filho de vcs sem mãe há dez anos.... Não conseguem? Eu, infelizmente, sinto. Sinto isso, todos os dias, há dez anos.

Quando eu perdi minha mãe, eu tinha feito 20 anos. Não sabia de nada, estava recém-saída da adolescência e com um filho de 10 meses. Eu fico frustrada, pq isso me tirou a chance de ser amiga da minha mãe, de ela ver meu filho crescer, de ver os novos netos nascerem, de me ver casar, entrar na igreja, de ficar com os netos para eu sair, de eu cuidar dela na velhice.


Quando ela morreu, a gente não tinha isso.

Pode até ser que nada disso fosse acontecer. De ela ser uma dessas avós que não ficam com os netos e podia ser que a gente nem fosse tão amiga assim. Mas eu queria ter tido essa chance. O destino roubou isso de mim, e nada poderia ser mais injusto

Ah, quanta besteira eu fiz por não ter mãe... Queria ter tido, na fase adulta, aquela pessoa para orientar, para chamar atenção, para dizer que não é desse jeito que faz.... Pq ela fez tudo isso, mas enquanto eu era criança, adolescente, e a realidade era outra, as necessidades eram outras. Quando ela morreu, eu não sabia fazer um monte de coisas. E tive que aprender na marra.

Há dez anos, quando minha mãe morreu, meu filho de dez meses virou tudo pra mim. Vcs imaginam o que é isso? A responsabilidade dele, de ser tudo pra mim? Pq toda mulher, de uma certa maneira tem a maternidade presente na sua vida, ou sendo filha, ou sendo mãe. Naquele 26/10/2000, passou a ser responsabilidade do meu filho toda a minha felicidade. Duro, né? Tenho muita pena dele por isso.

Paradoxalmente, eu não tenho muitas lembranças desses anos que se seguiram, 2000, 2001, 2002. É tudo meio embaralhado na minha memória. Pq meu luto por ela foi tardio. Como ela tava sofrendo muito, eu já pedia que ela partisse. Mas demorou a cair a minha ficha, que ela tinha ido para sempre.

Desde que minha mãe morreu, eu não consigo escutar Ave Maria, não consigo ver filmes que as mães morrem, ou que as pessoas morrem de cancer. Desde que minha mãe morreu, eu sinto meu irmão como meu filho e me sinto incrivelmente sozinha. Internamente sozinha. Pq às vezes vc ta cheio de gente, mas se sente só. Mesmo com meu marido, que eu amo, com meu filho, eu me sinto só.

Eu não tenho a quem pedir para ir na mamografia comigo. Ou qq outro exame... Dividir o medo de ter alguma doença. De saber que, se acontecer alguma coisa com meu filho, ele estará amparado.

Ou coisas fúteis mesmo, de sair para comprar roupas, de dizer que o cabelo tá bonito ou tá feio (nenhuma opinião seria mais sincera), de sair, ver uma coisa, lembrar de mim e trazer pra casa, como vejo que minha sogra faz com minha cunhada e acho isso lindo.

E deixando de ser egoísta, ela tinha muito que viver ainda. Ela morreu com 50 anos só.
Isso tudo me fez amadurecer um tanto que eu não queria ter amadurecido. Trocava toda a maturidade do mundo pela minha mãe
Sabe o que é pior? É que só me resta, agora, esperar o 11° ano.


Em 2000, no batizado do meu filho, com meu pai. Escaneei super bem, como deu para reparar. A primeira foto é de 1987, em Brasília

Em 89, no aniversário do meu irmão.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Questão de consciência - parte 2

Meu filho João Lucas me perguntou pq eu não ia votar num determinado candidato ao senado. Disse que o cara era ladrão, era desonesto, isso, aquilo, que já tinha sido inclusive preso.
Meu filho perguntou admirado:
- Mas mãe, como pode um cara que já foi preso ser candidato? Representar o povo?!
Pois é.
E os marmanjos do STF, vcs já sabem, né?
Só pra constar, meu filho tem 10 anos.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Não cumpri a promessa

Eu disse que não ia postar nada aqui esses dias pq ia ter aulas na pós. Mas hoje tive uma consulta médica e to muito angustiada.
Há uns dois anos, minha gineco achou um nódulo no meu seio esquerdo e a gente vem fazendo controle com ultrassom. Até então tava tudo ok, o nódulo vinha mantendo o aspecto e o tamanho, o que não justifica qq maior intervenção.
Quando eu fiz 30, ela prescreveu uma mamografia. Quem ainda não fez, acredite, é péssimo. Mas enfim, necessário.
Eu demorei horrores para ir buscar o resultado, e hoje eu fui levar. E aí que a mamografia acusou algo que, segundo o laudo, parecia um linfonodo (pesquisei no google é uma íngua, se bem que não sei bem o que isso quer dizer). Mas o mesmo laudo recomendava uma avaliação mais criteriosa.
Ao ver essa recomendação, me assustei.
Quando a médica fez o exame clínico, me fez tocar esse novo corpo que mora perto do meu coração e gente, acreditem, é grande. Tão grande, que me assustei e tirei a mão.
Ela falou cobras e lagartos do laboratório onde fiz os exames, disse que eles cresceram a custa de marketing, que a qualidade é ruim, não investiram em médicos bons, blablabla, whyskas sachê, vais fazer outro exame.
E eu saí de lá preocupada com tudo isso. Com a recomendação do laudo e a da médica.
Liguei para uma amiga médica que me disse que o tal linfonodo não é nada de mais. Mas o laudo disse que parecia, não disse que era. E se for outra coisa?
Já fiz o Leo prometer que cuida do João Lucas.
E estou assim até agora, sem pensar em outra coisa.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pausa na nossa programação...

Bem, as aulas da pós voltaram essa semana, e vou estar funcionando apenas em meio expediente até acabarem as aulas desse módulo. Ou seja, quinta que vem. Espero a compreensão de todos os queridos leitores (hahahah, quanta pretensão, não é?). Pior que será uma semana chata, o módulo é sobre licitação. Até o nome já é chato.

Fora isso, tá td bem. Eu como sempre carente, como sempre cansada e precisando de férias. Ou seja, nada fora do normal.

beijos a todas, acho que fim de semana eu posto alguma coisa por aqui

domingo, 19 de setembro de 2010

Cala a boca!

Todo o domingo uma velha canta num bar aqui perto de casa. Só que ela canta muito mal. Gente, como ela canta mal!!! Ninguém tem noção. É péssimo.
Como se domingo já não fosse um dia melancólico o suficiente por anunciar a chegada da segunda-feira, essa velha consegue deixar meu domingo pior ainda. Dá vontade de se jogar da janela de tão mal que ela canta.
E a seleção musical? De primeira! Nesse momento ela canta o clássico da música popular brasileira "Lata d´água na cabeça, lá vai Maria, lá vai Mariaaaaa".
Pior que Faustão.
Ainda não consegui localizar o bar, já rodei pelas ruas mais próximas e não encontrei, pq eu queria pagar para ela parar de cantar. Coitados dos frequentadores do bar. E quem será que frequenta esse bar? Meus Pai do céu, tem piedade desses pobres infelizes!
Ah, eu sei que ela velha pelo tom de voz. É voz de velha.
Alguém deve estar pensando que eu to exagerando, mas naqueles dias em que a gente está mais sensivel, ou de tpm, eu saio de casa, vou dar uma volta, para dar tempo dela parar de cantar. Quer dizer, ela me tira o sagrado direito de estar da minha casa!
Agora ela tá cantando "Ave Maria dos seus andores, rogai por nós os pecadooooores" (leiam esse oooo bem fininho, bem estridente).
Eu precisava dividir isso, antes de me jogar pela janela.
beijos

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sou paroara eu sou!

Só vendo
ZUENIR VENTURA

Acostumados com o clichê preconceituoso que acredita não haver vida inteligente fora do eixo Rio-São Paulo, nos surpreendemos quando encontramos alguma atividade cultural em cidades do chamado "interior" ? o "centro" somos nós, claro. Por exemplo: onde é possível reunir cerca de 650 mil pessoas, um terço dos moradores, para tratar de um assunto meio fora de moda, a leitura? Pois acabo de ver o fenômeno em Belém, na XIV Feira Pan-Amazônica do Livro, um dos três principais eventos do gênero no Brasil, este ano dedicada à África de fala portuguesa. Houve shows com Gilberto Gil, Lenine, Emílio Santiago, Luiza Possi, mas o des taque foram os R$30 milhões faturados com a venda de 500 mil volumes, superando, segundo os organizadores, a Bienal do Rio.
Há cidades brasileiras que só vendo. A capital do Pará é uma delas. Além de ser uma das mais hospitaleiras do país, gosta de seu passado e é hoje um exemplo de como revitalizá-lo. Já escrevi e repito que a intervenção que o arquiteto Paulo Chaves fez no cais da cidade, transformando armazéns e galpões na monumental Estação das Docas, é uma obra que não deve nada à que foi realizada em Barcelona ou Nova York (o prefeito Eduardo Paes devia ir lá ver). Outro genial exemplo de reaproveitamento é o centro onde se realiza a Feira, o Hangar, um gigantesco espaço que antes, como diz o nome, servia de estacionamento para aviões.
E não fica nisso. Há roteiros culturais como o do núcleo Feliz Lusitânia e seu Museu de Arte Sacra, onde se encontram uma Pietá toda em madeira, o São Sebastião de cabelos ondulados e a famosa N. S. do Leite, com o seio esquerdo à mostra dando de mamar. Sem falar nos museus do Encontro e de Gemas do Pará, e numa ida a Icoaraci para ver as cerâmicas marajoara, tapajônica e rupestre.
Para quem gosta de experiências antropológicas, recomenda-se ? além dos 48 sabores regionais, a maioria, do sorvete Cairu ? uma manhã no mercado Ver-o-Peso, onde me delicio nas barracas de banhos de cheiro lendo os rótulos: "Pega não me larga", "Amansa corno", "Afasta espírito", "Chora nos meus pés". Com destaque para o patchuli, que a vendedora me diz ser o odor de Belém. Mas antes deve-se passar pela área dos peixes: douradas, sardas, tucunarés, enchovas, piranhas, tará-açus. "Esse aqui é o piramutaba", vai me mostrando o nosso guia, o cronista Denis Cavalcanti; "aquele é o mapará, olh a o tamanho desse filhote".
Desta vez, o ponto alto da visita foi uma respeitável velhinha fazendo o comercial do Viagra Amazônico para mim e o Luis Fernando Verissimo: "O sr. dá três sem tirar, e depois ainda toca uma punhetinha". Isso com a cara mais séria do mundo, sem qualquer malícia, como se estivesse receitando um remédio pra dor de cabeça. Só vendo.
Publicado no Globo de 08/09/2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Felicidade foi embora....


Eu tenho medo de algumas coisas. Mas tenho muito medo de quem põe no orkut, msn, blog, facebook, usa camisa, enfim, levanta bandeira de felicidade. Tenho medo de quem se anuncia como a pessoa mais de bem com a vida, mais feliz, mais alto astral, ou se identifica nos incontáveis perfis de redes sociais virtuais como "Fulana Super Feliz" ou outra frase equivalente e enche de estrelas, asteriscos, corações, badulaques. Se fosse possível, tenho certeza que colocaria neon, pisca-pisca, fogos de artifício. Mas se vc encontrar essa pessoa na rua, ela vai estar com aquelas tiarinhas de estrela (que a gente dá em brinde de casamento) escrito felicidade, pode apostar. Tenho medo de tudo isso.

Por dois motivos. O primeiro é que acho que quando a pessoa anuncia muito qualquer coisa quer se autoafirmar nesse quesito. Isso vale para qualquer aspecto, afinal, se vc sabe que vc é x ou y, não precisa dizer por aí aos quatro ventos. Vc é e pronto. Mas se precisa de autoafirmação é porque tá faltando alguma coisa. Na minha opinião, essa felicidade toda que anuncia é superficial. Se apertar um pouquinho, vc encontra choro, dor, carência, insatisfação. O que é plenamente normal. Eu me considero uma pessoa feliz, mas sou cheia de neuras, dúvidas, angústias. Mas tem gente que não é assim, é feliz e pronto, com tudo o que a felicidade dá direito, nada menos: beleza, amigos, amor, música alta, velocidade, energia.

Energia! Muita energia! Não posso falar de felicidade sem falar em energia. Pq não tem ser que não seja feliz que não pareça que tomou 10 red bulls quando acordou. Vc não pode ser feliz e ser calma. Tem que ser elétrica, entusiasmada, maquiada e sempre em cima de salto alto pra ir pra balada. Não pode ser feliz e dormir a tarde toda de domingo numa rede olhando o mar. Tem que estar no barzinho, no shopping, viajando, enfim, ocupando a mente. Mas eu acho que esse é o segredo de tamanha felicidade: manter a mente ocupada. Essas pessoas felizes têm tantas atividades que não têm tempo para pensar nas suas amarguras. Nesse ponto, particularmente, não posso dizer que elas não têm razão. Melhor do que gente que reclama da vida, mas fica olhando o tempo passar o dia todo.

O segundo motivo é mais supersticioso: eu acredito piamente em energia, especialmente em energia negativa. Aquela frase que de vez em quando leio nessas mesmas redes sociais, que inveja tem sono leve, para mim é totalmente verdadeira. Acho que sempre tem um mal amado, mal resolvido, mal pago para sentir inveja do carro que vc comprou financiando em 36 vezes, da viagem que vc economizou o ano inteiro para fazer, do filho que te dá um trabalhão para educar ou do seu casamento, que só vc sabe o sacrifício que é para manter.

Casar, educar, pagar não é fácil, e quem consegue, consegue a duras penas (fora um ou outro milionário que não sabe o que é isso). Mas tem gente que não consegue fazer e nem reconhece seu esforço e acha que vc não merece passar porisso. Que ele sim merece, pq sua todo dia a camisa. Bem, se a vida fosse justa, eu seria herdeira, nãoé mesmo? Mas que eu acredito que energia ruim pode acabar com grandes planos, ah, isso eu acredito.

Bem, se eu pudesse dar um conselho para alguém, diria para guardar sua felicidade só pra si. Dentro de uma caixinha, embaixo da cama, assim, bem escondida. Para ninguém tomar de você. Para que ninguém duvide dela. E para que ela fique lá para sempre.


domingo, 12 de setembro de 2010

Só eu odeio?

*) gente que vai no supermercado ou shopping ou qq lugar público e coloca a trilha sonora do seu celular para tocar no último volume sem fone de ouvido. Nesse caso, vale a regra de quanto pior o gosto musical, maior a potência da caixa de som.Pq eu (e todo mundo) somos obrigados a ouvir a música que o camarada escolheu? Isso aconteceu comigo duas vezes essa semana e se eu estivesse de tpm, teria arremessado o celular dentro do freezer de peixe.


*) gente que fica parado na saída da escada rolante. Será que não dá para dar três passos e aí sim pensar onde vai?


*) acordar domingo com trio elétrico de campanha política. Decidi que eu não voto em quem me acorda, seja qual for o dia da semana. Se me acordar no domingo, faço campanha contra. Pronto, falei.

*) garçom que olha pro outro lado quando a gente chama

*) gente que finge que não ouve

*) tomar café que esqueceu de adoçar, isso acontece muito comigo, nunca lembro se adocei o café.


*) gente que sofre mais que todo mundo, que trabalha mais que todo mundo, que a dor dói mais que a do mundo todo. Aquela pessoa que o lamento é mais legítimo.


*) gente que segue ambulância no trânsito. É contravenção, sabiam?



*) gente que dirige entre duas faixas. Mais uma vez: decida-se!



*) computador lento. é como o meu está agora



*) gente que resolve pagar as contas da família inteira no caixa eletrônico do shopping



*) celular que toca no cinema. Ainda existe isso.



*) não queria colocar coisas genéricas, como ingratidão, injustiça, desonestidade, poluição, mas sim, odeio serviço de telemarketing. E alguns de seus operadores tbm.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Casamento Bianca e Márcio - 04/09/2010


Nós no casamento


Chelsea Clinton, filha de Bill e Hillary Clinton, casou-se com Marc Mezvinsky na vila de Rhinebeck, perto de Nova York.



E neste último sábado eu fui a Salinas para o casamento da Bianca e do Márcio, o casal mais lindo de Belém.


A festa da Chelsea custou cerca de 8 milhões de dólares e ela usou um vestido Vera Wang. E daí que eu tenho pena da Chelsea.



Pq o casamento que eu fui foi mais lindo e muito mais legal, não custou oito milhões. E a noiva não precisa de um Vera Wang. Ao contrário, Vera Wang que precisa da Bianca. Chelsea usou o tal do vestido carésimo, e ainda ficou feia, coitada.


Casamento da Chelsea comeu poeira diante da beleza do casamento da Bianca.

Deixa eu contextualizar: a Bianca é irmã da minha amiga Carolina, amiga desde pequena, nem lembro desde qdo. Como cresci com a Carol, acabei tbm crescendo com a Bianca, que é um ano mais velha que eu só. E ela sempre foi assim, linda. E doce, e gentil, e bacana e inteligente....

E a tia Paula, mãe da noiva, é a mulher mais caprichosa que eu conheço. A casa dela é toda perfeita. Já pedi mais de mil vezes para ela abrir um curso de jovens donas de casa, que ia bombar. Eu não me enquadro mais no quesito "jovem dona de casa", mas ia participar das três primeiras edições do curso, fácil!




detalhe da decoração do cortejo
rumo ao altar



Bem, mãe caprichosa, filha linda, noivo bonito e cenário praiano é uma combinação infalível, não? Exatamente!O casamento foi um espetáculo, coisa de revista.



Visão da festa



Bar


Mesa de doces





E a Bianca e o Márcio resolveram casar na casa dele de Salinas, que fica bem na beira do mar, no fim da tarde


A casa



Mesa de bem casados. Detalhe dos bem casados em barquinhos de miriti, todos com a gravação "Bianca e Márcio"



As minhas fotos não conseguem traduzir toda a beleza do lugar, muito menos a animação da festa, que foi de 17:30h até 5:30 do outro dia.

detalhes da decoração do altar e o altar




Enfim, para não gerar mais expectativa, os noivos. Me diz se não são perfeitos?







Decoração das mesas, mais de perto. Toalhas listradas de branco e bege, com vasos de vários tamanhos com vários tipos de flor. Apesar de não ter um padrão, ficou super harmônico, como já deu pra perceber.




a foto era pra ser da mesa, mas minha amiga Gysa apareceu ao fundo





Nem adianta colocar foto do casamento da Chelsea aqui pra comparar, pq não tem comparação, né? Já perdeu! Até o bolo dela, sem gluten, perde.

Encerro com os votos de muitas felicidades aos noivos. Foi uma honra ter participado desse momento tão especial na vida deles que já começou com o pé direitíssimo! Desejo muita compreensão, paz, saúde, amor e sorte (pq essa nunca é demais).

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Suspense


Estão falando que Paul McCartney vem ao Brasil em novembro, logo depois do show na Argentina. Quem fala isso é o Clarín, jornal argentino. Sei que em argentinos não se pode confiar, mas é ruim viver nessa expectativa.

Não sei se vcs se lembram, mas no último boato, fui pra SP pq tinham anunciado que o show dele seria 18/04. E não teve, fui só passear.

Já disse que só largo meu marido pelo Paul McCartney (considerando o que a vagabunda da Heather Mills levou, ele até acha que pode ser um bom negócio), então essa pode ser minha última chance. Tenho que emagrecer até lá.

beijos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Questão de consciência


Quando eu tinha 11 anos de idade (acreditem, minha memória autobiográfica é muito boa), estava na 5ª série do então 1° grau, minhas colegas de sala fizeram uma chapa para concorrer ao grêmio estudantil. Como eram crianças, a chapa se chamava milkshake ou sundae de chocolate, ou qualquer outro ítem comestível muito calórico. E as promessas eram do mesmo nível: o uniforme tinha que ser mais fashion, coca-cola no bebedouro, essas coisas. Eu fui cabo eleitoral e tudo. Torci, fiz camisa, faixa, o diabo.

A favorita era uma chapa chamada Mudança, de uma galera mais velha, acho que do segundo ano do segundo grau, o que na época era uma distância incrível! Fase em que 5 anos de diferença pareciam 20 e a gente se intimidava só de estar do lado deles.

No dia da eleição, exatamente na hora do voto, o anjinho soprou no meu ouvido. Sabe aquele momento de filme que toda a vida passa pela cabeça do personagem, que dura dez minutos pra quem tá assistindo, mas na trama mesmo dura apenas alguns segundos? Foi exatamente isso que aconteceu. Juro que do alto dos meus 11 aninhos cheguei à conclusão que a chapa que eu tava fazendo campanha não teria a mínima chance de fazer qq coisa que prestasse pela escola, afinal, as integrantes eram todas muito novas e as promessas, enfim, eram absurdas. A outra chapa, a Mudança, fez uma campanha bacana e se alguém podia fazer alguma coisa pelos alunos, era ela, um povo mais maduro e mais consciente e que, se duvidar, já até votava.

Marquei o xis lá, no quadrado da Mudança e guardei esse segredo até hoje.

Contei isso em casa e lembro da minha mãe tentando disfarçar orgulho.

Meu filho João Lucas está aprendendo sobre as eleições e três poderes na escola e nós temos conversado bastante sobre eleições aqui em casa Já tocamos nesse assunto de voto consciente várias vezes, o que me fez lembrar dessa historinha.

Não sou lá muito politizada, acompanho superficialmente a campanha dos candidatos, tento estar informada, mas não sou muito engajada pq, particularmente, acho que gente muito engajada é um saco. Mas isso me lembra que, se na época eu já dava importância ao meu voto, numa eleição de grêmio estudantil, imagina agora, que eu posso decidir o presidente do país?

Sei lá, isso me despertou um senso cívico que estava adormecido.


PS: Obrigada pelas palavras de carinho no post anterior. Me senti beeem menos carente. Amo vcs!