Como eu resolvi dar um tempo nos preparativos, não tenho novidades casamenteiras. Aliás, to sem nenhuma novidade. Aí vim contar um pouco da nossa história, minha e do Leo.
Eu e Leo nos conhecemos há 17 anos. Tínhamos nove anos, estudávamos no Moderno, estávamos na terceira série do 1º grau. Na época ele tinha cabelo, ainda achava que sabia alguma coisa de futebol, e já segurava a caneta de maneira engraçada. Eu...nao sei, acho que continuo a mesma daquela época.
Naquela época, ou um pouco depois, ele recebeu uma carta de dia de namorados de uma menina da sala. Eu nunca tinha reparado nele. E, na época, ganhar cartas de meninas no dia dos namorados ganhava uma notoriedade incrível, todo mundo soube da declaração de amor e, graças à Joanna, eu vi meu futuro marido com outros olhos.
Aí começou uma paixonite minha não correspondida, ele se fazendo de desentendido, até um belo dia de setembro de 1993. Sétima série. A classe toda foi pro sítio de uma menina da nossa sala, da Cintia, comemorar o aniversário dela. E ele começou a se aproximar. E eu me tremi toda. Mas como ele se fez de leso a vida toda, tratei de destremer. Na volta do sítio, um amigo em comum veio bater um papo comigo e me falou da real intenção do Leonardo. Uns dias depois, começamos a namorar.
Do mesmo modo que começou terminou. Umas semanas depois, Leo veio me dizer que não queria mais. Buááááá, foi um drama louco um chororô só, meu primeiro namorado, aquele menino que eu fui apaixonada por anos em deu um pé na bunda. O clássico pé na bunda. Depois eu soube que ele estava de olho numa menina de nome esquisito do curso de inglês. Mais depois ainda, ele quis voltar, eu não quis (quer me fazer de palhaça? comigo, não violão). E ficamos por isso mesmo.
E a vida seguiu.... depois de um tempo voltamos a nos falar (eu fiquei muito magoada, parei de falar com ele), chegamos a ficar algumas vezes, nada demais. Nada que criasse uma expectativa de uma volta. Nunca tive essa expectativa, por sinal.
Depois do vestibular, nos falamos raramente. A vida continuou seguindo, eu me casei, tive filho, separei, ele teve lá a dúzia de namoradas dele, e nos reencontramos, depois de tudo isso, uns 8,9 anos depois, já solteiros, por causa de orkut e sob o pretexto de fazer uma festa pra reunir todo o povo do Moderno daquela época.
A festa não saiu, mas voltamos a paquerar... (acho estranha essa palavra, paquerar). E, depois de mta insistência, persistência e paciência (minhas) e muita enrolação (dele), começamos a namorar em 22/04/2008. Ah, o pedido de namoro foi bem legal: ele tava bêbado, amanhecido, por causa de uma festa que ele deu na casa dele pra 156.000 pessoas (e que eu não fui). No dia seguinte, fui levar meu filho pro clube. Qdo eu pego o celular tinham 22 chamadas nao atendidas dele pra mim. Eu disse onde eu estava e ele foi bater lá. E me pediu em namoro, trêbado, aceitei de palhaçada até. Tanto que liguei pra ele passadas umas horas perguntando se ele lembrava do pedido que havia me feito.
Bem, é isso....depois eu conto do pedido de casamento e do desenrolar dessa história.
beijos,