domingo, 3 de abril de 2011

Coisas que só a maternidade tira de você...

Quando a gente vira mãe, fica frouxa. É, assim, frouxa, covarde, encagaçada (essa é uma expressão que existe em tudo que é lugar, ou só aqui? É nacional?). É a maternidade que faz a gente pensar como é essencial, especial, fantástica, nem que seja para uma pessoa só.
É que essa pessoa é a mais linda, a mais fofa, a mais frágil e a mais encantadora que a gente já viu no mundo. Ou, no caso de quem tem mais de um filho, as mais lindas, fofas, frágeis e encantadoras do mundo. E ela depende inteiramente da mãe, pq o que será desse serzinho se nós, mães, não estivermos por perto? Mesmo com pais dedicados e avós disponíveis, mãe é mãe, paca é paca.
Hoje vi as fotos (lindas) de uma amiga que pulou de paraquedas esse fim de semana. Ok, Carol, aproveite enquanto vc pode. Perdi a coragem de mtas coisas depois que João Lucas nasceu. Até me surpreendi de ter ido nas montanhas russas na Disney nas últimas férias, pq a última vez que tinha feito isso foi antes dele nascer. Vale ressaltar que poucas coisas parecem tão seguras qto uma montanha russa nos parques de Orlando.
A neurose é tanta que fico pensando o quanto me arrisco no dia a dia: dirigindo, andando na rua, viajando de avião.... Enfim, existindo. Já soube de pais que não viajam nunca no mesmo voo, mesmo que indo para o mesmo destino. Se a gente parar pra pensar direitinho, a vida é um risco constante (alguém já disse isso, não?). Então, não me aventuro com "desnecessidades": paraquedas, parapente, mergulho livre, asfixiamento erótico (tá, isso eu não faria de qq jeito, sendo mãe ou não).
Se eu penso que perco muito com a maternidade? De jeito nenhum. Nada pode ser tão gratificante quanto ser mãe. Tenho restrições? Com certeza e não falo apenas de esportes radicais. Falo de saídas sábado a noite, falo de viagens, lanchinhos com as amigas. Isso sempre vai ficar pra depois (ou pra nunca). Alguém vai dizer que cobrarei do João isso um dia, mas seria terrivelmente injusto e eu seria irritantemente hipócrita.
Para as que já são mães, queria que me falassem se só eu que sou zelosa (ou doida) assim.
Para quem não é mãe, conselho de amiga: faça tudo agora! Td aquilo que vc pensa que um dia vai fazer qdo o dinheiro der, qdo ficar mais velha, qdo acabar a faculdade. Faça antes de ser mãe. Pq nada é tão inebriante, tão tentador, tão enlouquecedor e tão maquiavélico, restritivo e paralisante qto ser mãe.

5 comentários:

Jackie disse...

Oieeeeeeee.... é verdade andei percebendo certas coisas assim em mim, eu nunca curti rotina por ex. mas agora tudo que penso é : A ROTINA DO DAVI,ou então e se chover???? (dps da pneumonia), ou coisa como ficar nervosa qnd meu marido acelera demais com o carro, msm o Davi não estando junto.... mas não me faz falta toda a vida adolescente q eu tinha, por que a vida que eu tenho hoje tem mais sentido e mais razão.

beijosssssss

Jahm disse...

Paola,

Post lindo e extremamente verdadeiro, acredito!
rsrsrsrsr

BJahm

Cartas da Dandan disse...

Paola,
me encontrei no teu post! Na semana passada, conversava com uma amiga que tem duas filhas e ela e uma filha vão num voo e o pai vai em outro com a outra filha. Exatamente pensando nisso. Preserva-se os filhos e os pais! Antes de engravidar, fui ao Hopi Hari e despenquei daquele elevador, desci num tobogã de 60m em Olímpia e hoje... bem, hoje, isso tudo está fora de cogitação. Mas comigo também aconteceu um fato interessante: fiquei frouxa pra assistir filmes de terror! :)

Narda disse...

CALMA!
Deixa eu parar de rir do "asfixiamento erótico"...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Narda disse...

Ok, agora que parei de rir e consegui ler o restante do post, comento:

Ainda não sou mãe... por "n" razões e uma delas é exatamente o que vc falou: aproveitar enquanto posso!
Fico possessa (pra não falar outra palavra com a letra p) com pais que ainda se acham "jovens" e que caem na gandaia no final de semana, madrugadas a fio e deixam as crianças com babá, parente ou quem quer que seja... e isso eu posso falar com conhecimento de causa, pois meu irmão e cunhada infelizmente fazem isso (e não, não tenho orgulho nenhum em dizer isso... tenho é vergonha na verdade).
Acho que a maternidade/paternidade tem sim que ser uma coisa pensada, planejada, desejada... justamente pelo fato de que quando você tem a responsabilidade de criar um outro ser pro mundo, isso significa abdicar de certas coisas para melhor fazê-lo.
Super concordo contigo.
Bjs